sábado, 14 de agosto de 2010

O pais num fogo

Anos como 2003 foram fatidicos para o país, região centro e o Norte ficaram cinza. O que mudou? nada!
Mudaram os governos, em que o PS leva os últimos cinco, com dois grandes santos, um padroeiro no sistema judicial, e outro, o São Pedro, que tem trazido Verões amenos. Mas até os santos hesitam, e este ano temos um Verão digno desse nome, que não poupa as falhas humanas.
É nas crises que sobressai a qualidade da governação, e, associando isso a certo estado que se fosse extinto ninguém notaria , temos uma das causas da crise portuguesa. A lista é longa: só em fundações, institutos, empresas publicas, organismos que ninguém conhece nem produz nada de util, enfim... um exemplo recente é o do ME. Isabel alçada mandou constituir dois grupos de trabalho para poupar na educação. Como??? perguntam muitos. É verdade. Em vez de serem os serviços ou o gabinete da ministra a fazer o trabalho, criaram mais uma avençazinha a uns poucos. E não chega um grupo de trabalho, são logo dois. Muitos já disseram que se em vez de cortar o ensino da musica como aqui na Póvoa, e fazerem mega agrupamentos que destroem a qualidade do ensino, poderiam acabar com muitos serviço do ME desconcentrado por esse país fora que consomem milhões e para nada servem, pois na pratica há qualquer autonomia, tudo depende de Lisboa.
O ministério da agricultura até há pouco tempo era o que tinha mais funcionários. A estória é conhecida. O prepotente governo mandou-os para a mobilidade especial e depois recuou, levando ao descrédito do estado. Se utilizasse os serviços para aplicar os fundos do PRODER e fizesse o ordenamento florestral do pais, tinha poupado milhões ao país em recursos que não arderiam.
O ministro Rui Pereira disse que está a ser feito um optimo trabalho, mas o país arde. Cavaco à beira de eleições lá foi obrigado a juntar-se ao tetro e Sócrates é o surfista de todas as ondas. Acontece que palavras não apagam fogos.
Mas o que se poderia fazer? muita coisa.
- Para começar, um cadastro actualizado de todos proprietários recorrendo a novas tecnologias (SIG). A DGF fazer o seu trabalho que é o ordenamento florestal nas florestas do estado e obrigar os particulares a aplicar a lei: plantam as especies autorizadas e fazem a limpeza, se não, o estado intervém, inclusive cortando a madeira para pagar os custos da limpeza.
- As florestas deverão sair do estado central e passar para as regiões, que é quem conhece as particularidades regionais.
- Os recursos do estado e as companhias de engenharia do exercito têm aqui uma verdadeira guerra a travar: abrir corta fogos, asseiros, traçar os talhões florestais ordenados pela DGF, construir açudes e pontos de água, e uma rede de pequenos aeródromos. A força aéria deverá ter competências neste dominio: basta trocar a sucata de um F16 (dos 4 ou 5 que estão parados) por 2 ou 3 canadairs, que podem também ser usados em missões de patrulha.
- Devem ser autorizadas mais construções em áreas rurais para criar um povoamento disperso que aumente a segurança da floresta.
- Deve de existir um perímetro de segurança obrigatório em volta das casas sem árvores. Casas isoladas e pequenos lugares devem ter reservatorios de água para crises e moto-bombas, que representam pequenos investimentos comparados com prejuízos potenciais.
- A plantação de pinheiro e eucalipto deve ser revista, e substuida por espécies mediterrâneas mais adaptadas à seca e resistentes aos fogos, permitindo a criação de matas com biodiversidade.
- Fomentar os desportos e o turismo em áreas rurais que ajudam à vigilância.
- Acabar com a palhaçada burocrática no licenciamento de centrais de biomassa.
Num país com governo a sério, isto seria feito. Assim, ficaremos mesmo no anuncio.

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